O estudo, publicado no sítio do “Archives of Pathology and Laboratory Medicine”, foi realizado por investigadores do National Institutes of Health, em conjunto com as autoridades de saúde do estado de Nova Iorque.
Ao todo, os cientistas analisaram amostras de tecidos de 34 vítimas mortais da gripe A e descobriram "uma variedade de lesões, tanto nas vias respiratórias superiores como nas vias inferiores", assinala Jeffery Teubenberger, um dos autores do estudo, do National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID).
Em todos os casos analisados, a traqueia e os brônquios estavam inflamados e, em algumas das vítimas, gravemente deteriorados. Foram observadas lesões nos brônquios em mais da metade dos casos (18) e em cerca de 75% das 34 vítimas analisadas (25) havia ferimentos até nos alvéolos pulmonares.
"Este tipo de patologia nos tecidos respiratórios é semelhante à observada nas vítimas das pandemias de gripe de 1918 e 1957", afirmou o director do NIAID, Anthony S. Fauci, citado pelo sítio “Sciencedaily”.
Em cada 10 casos de morte, 9 das vítimas já apresentavam problemas de saúde, especialmente cardíacos e respiratórios, patologias do sistema imunitário ou estavam grávidas, algo também já observado nas pandemias de 1918 e 1957. Contudo, este novo estudo revela uma nova característica: uma ligação de 75% dos casos fatais à obesidade.